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Vôlei: suplentes ficarão em Vila Olímpica junto da delegação brasileira

Natinha foi escolhida como ‘coringa’ no feminino, enquanto Honorato foi o selecionado no masculino

Os atletas selecionados como suplentes do vôlei poderão ficar junto do elenco na Vila Olímpica. Natinha (líbero) e Honorato (ponteiro) não precisarão separar do elenco ao longo da disputa dos Jogos Olímpicos de Paris.

O Comitê Olímpico Brasileiro conseguiu acomodar os dois jogadores junto dos respectivos elencos. A Federação Internacional de Vôlei (FIVB) havia informado que a decisão seria tomada pelos comitês nacionais.

Como suplentes, Natinha e Honorato podem estar nas partidas, treinar com equipe e ser relacionado para algum jogo em caso de lesão de algum inscrito. O regulamento permite a troca durante os Jogos Olímpicos e até mesmo o retorno em caso de recuperação ainda dentro da Olimpíada.

A regra é novidade para a atual Olimpíada. A FIVB afirmou que vai revisar a questão para os próximos Jogos Olímpicos.

A delegação feminina embarca nesta quinta-feira (18) para Paris e ficará na Vila Olímpica. A equipe masculina está na França, mas treina em Metz, local onde a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) tem uma parceria.

Thaisa e José Roberto Guimarães se conhecem há quase 20 anos. O primeiro trabalho em conjunto ocorreu na Seleção Brasileira de Vôlei em 2007. Desde então, são inúmeros títulos com dois campeonatos olímpicos (Pequim 2008 e Londres 2012). O que atualmente é uma relação harmoniosa com bastante sintonia, começou de forma tensa.

“Era uma relação não muito cordial, não muito tranquila”, disse José Roberto Guimarães. “Eu achava que ele me odiava. Mas tudo certo, eu vou ser profissional, vou fazer o meu melhor”, complementou Thaisa. As falas foram em entrevista à TV Globo.

“Ela sempre teve uma leitura do jogo fora de série, em todos os fundamentos. Tecnicamente é uma das melhores jogadoras que eu já conheci”, elogiou o comandante.

A virada de chave na relação ocorreu no momento mais complicado da vida de Thaisa. A central sofreu uma grave lesão quando atuava pelo Eczacibasi, da Turquia. A jogadora, além de romper totalmente o menisco, vinha convivendo com outras lesões para atuar pela equipe turca.

“Era o menisco dela, lateral, completamente rasgado, destruído. Fora as lesões de cartilagem que ela estava tendo. Ela teve uma entorse grave do tornozelo também. Então, ela já estava sofrendo com o joelho, ela faz uma luxação do tornozelo, e aí é o momento em que ela para”, explica Fernando Fernandes, fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Vôlei.

O acolhimento e a amizade
Thaisa voltou ao Brasil para se tratar da grave lesão. A jogadora ficou cerca de um ano e meio parado. Em meio ao processo de recuperação, José Roberto Guimarães ligou para a central e ofereceu todo o suporte para a recuperação.

A jogadora fechou um contrato com o Barueri, projeto de vôlei no interior de São Paulo que é comandado por José Roberto. As despesas médicas, além da estrutura para treinar foi toda proporcionada para Thaisa.

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